Por avaliações menos platônicas

Rogério Silva
2 min readJul 11, 2023

Este artigo está nos anais do Anais do I Seminário Nacional em Avaliação Formação de Avaliadores: concepções e práticas de avaliação 24, 25 e 26 de outubro de 2022, realizado pela Cesgranrio. A íntegra do texto, bem como outras diversas produções apresentadas no seminário, podem ser acessadas neste link. A imagem é de Imagem de Prait Fhunta no Pixabay.

Penso haver certa ambiguidade, talvez a melhor palavra seja contradição, entre o modo como vou iniciar minha fala e o tema de minha palestra: concretudes da prática. Eu vou começar falando de algo nada concreto, mas que me parece ocupar um certo pano de fundo a partir do qual eu gostaria de então chegar a alguns elementos mais tangíveis relacionados à formação de avaliadores. Eu preferi não utilizar slides em minha apresentação, mas me comprometo a sistematizar esta fala para que ela possa figurar nos anais deste encontro.

Para falar dos desafios de formar avaliadores, eu queria começar resgatando uma fala freudiana. Freud escreve em dois artigos, tanto em 1925, e depois em 1937, uma importante afirmação sobre a psicanálise que, vez ou outra, é resgatada tanto por psicanalistas quanto por outros atores. Freud afirma “parece que a psicanálise é a terceira destas profissões impossíveis, em que você pode ter certeza de antemão do fracasso, as outras duas, há bem mais tempo conhecidas, são a arte de educar e a arte de governar”.

Obviamente vocês poderiam então dizer algo como: se é impossível educar, o que a gente vai conversar? Então a gente encerra o diálogo e vai pensar em outra coisa. Mas, talvez não seja bem isso o que a fala significa…

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Rogério Silva

Sócio da Pacto, é doutor em saúde pública pela USP, psicanalista pelo CEP e consultor em avaliação, estratégia e cultura organizacional