Avaliação e democracia: repensando práticas participativas, decoloniais e culturalmente sensíveis

Rogério Silva
2 min readApr 11, 2023

Este artigo é o editorial da Revista Brasileira de Avaliação, n1, v12, lançado em março de 2023. Escrito por mim e as colegas editoras associadas, nele abordamos temas que consideramos fundamentais ao campo avaliativo contemporâneo. Para citações, usar Rogério Renato Silva, Carolina Imura, Ana Maria Carneiro, Fernanda Teixeira. Monitoramento e Avaliação, vol.12, n1, e120323, 202. Disponível no link. A imagem que ilustra esta postagem é de Bianca Van Dijk no Pixabay.

A avaliação de políticas públicas e iniciativas socioambientais tem se mostrado um componente indissociável dos regimes e das instituições democráticas. Isso ocorre quando os resultados das avaliações explicitam o desempenho das ações e serviços, dão voz aos agentes vinculados à co-produção das atividades, ampliam o estoque de conhecimento necessário à boa gestão dos bens públicos, oferecem oportunidades de interrogação e de aprendizagem para as pessoas e as instituições e incrementam o controle social do Estado e seus agentes. Para corresponder a tais expectativas e agirem como força propulsora das democracias, é preciso, contudo, que as avaliações funcionem simultaneamente em dois registros: como instrumentos técnicos dedicados ao exame e à valoração dos objetos e como dispositivos políticos de coprodução desses objetos. Em todas as situações em que técnica e política se subjugam e/ou se divorciam, não apenas as avaliações são impedidas de realizar suas possibilidades, mas a própria democracia perde qualidade e tem seus efeitos reduzidos.

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Rogério Silva

Sócio da Pacto, é doutor em saúde pública pela USP, psicanalista pelo CEP e consultor em avaliação, estratégia e cultura organizacional